quinta-feira, 31 de maio de 2012

Maus Costumes

 Entre diversas coisas que a maioria não sabe, se destacam: ninguém deve fazer aberturas e subir nas pontas sem o aquecimento.
 Sempre sendo essencial para a bailarina, o aquecimento não é levado a sério: um erro grave de muitas. Com certeza, por nos alongarmos mais, temos aberturas chocantes para pessoas que não atuam na área de dança, e quem é que nunca as exibiu na escola, para deixar todo o mundo de boca aberta? Pois bem, muito errado: sem aquecer, a abertura pode distender os músculos. "Ah, não faz mal..." Não, claro. Não até você descobrir o que é distensão: o rompimento de micro-veias musculares, causando uma hemorragia interna. Além disso, uma abertura fora-de-hora pode deslocar-lhe as juntas.

Ranno.eu

 Quanto as pontas, nada de "Vou dar uma aquecidinha antes". É no mínimo necessário uma aula de meia ponta perfeita anteriormente. O mesmo que acontece às pernas, acontece aos pés sem as exigências.

DeviantART- SketchyRin

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Elevé, Relevé e Sous-sous

 Três passos de parecida execução no Ballet são elevé, relevé e sous-sous. São suas pronúncias "elevê", "relevê" e "su-su". Para realizá-los é necessário ter em mente suas definições.
 Elevé: É simplesmente tirar o calcanhar do chão e jogar o colo de pé para fora o máximo que puder. Apenas os pés estão trabalhando, nada no corpo muda, apenas o braço, para acompanhar o movimento. O apoio divide-se nas duas pernas e fica no meio dos dedos.
 Relevé: Idêntico ao elevé (e junto a ele podendo ser executado em todas a posições), tem seu impulso vindo de um plié.
 Sous-sous: Sendo sempre em quinta posição, é o mesmo que o relevé, mas com a diferença de que os pés e as pernas estão juntos. Para ficarem assim, temos que arrastar a perna da frente para trás. Em sua visão para o público, apenas o pé da frente aparece.
 Dica: Para diferenciar elevé de relevé, relacione o "re" ao plié. Para diferenciar o sous-sous dos demais, relacione seu nome diferente as suas diferenças de execução.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Cuidados com as Sapatilhas

 Como os calçados e as roupas, as sapatilhas de ponta também exigem certos cuidados de suas donas. Muitas dançarinas não sabem disso, procuram ser práticas e não enxergam que estão fazendo mal às belas vestes que cobrem seus pés, as torturam, mas com o tempo liberam de seus olhares alegria.
 Para cuidar bem das suas sapatilhas, toda aluna e bailarina deve:

* Não colocá-las uma dentro da outra para as guardar.





* Não guardá-las com as ponteira dentro.




*  Quando as terminas de usar, fazer um rolo de suas fitas com os dedos e colocá-los onde não se dispersem.



* Após uma aula, deixá-las em um lugar arejado em casa, não na bolsa.


* Quando estiverem precisando, lavar as ponteiras e nelas passar talco depois de secas, tomando cuidado com o excesso.



* Guardar suas sapatilhas em uma sacola de pano.



* Qualquer buraco ou rasco, deixar do jeito que está. Não tentar evitá-los na próxima sapatilha colocando esparadrapo nas pontas, porque ficam sujos com o tempo e quando for tirá-lo para uma apresentação, o tecido ficará mais sujo ainda com a mistura da cola e a poeira.





segunda-feira, 21 de maio de 2012

Anna Pavlova

 Como a primeira biografia, hoje falarei da lendária Anna Matveievna Pavlova, quem revolucionou a dança, sendo uma bailarina russa, que nasceu São Petersburgo, dia 31 de janeiro (segundo o calendário juliano) ou 12 de fevereiro (pelo calendário gregoriano) de 1881.  Nascida de mãe solteira, de uma família camponesa pobre, não gostava de falar de seu pai, afirmando que ele morreu quando tinha dois anos de idade. Aos oito anos, como presente de aniversário, sua mãe a levou para assistir ao espetáculo de balé "A Bela Adormecida" no teatro Mariinsky. Emocionada com a apresentação, decidiu a partir de aquele dia dedicar-se à dança.
 Tentou então entrar na Escola Imperial de Balé de São Petersburgo, mas foi rejeitada devido a sua pouca idade e baixa estatura. Em 1891, aos dez anos, conseguiu ingressar na academia. Desde cedo, revelou um grande talento para a dança clássica.
 Em sua formação, teve aulas com os mais famosos professores da época: Pavel Gerdt, Christian Johansson, Ekaterina Vazem, Nikolai Legat.
 Graduou-se em 1899 aos dezoito anos de idade. Em seguida, ingressou no corpo de balé "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo. Seu palco nesta época era o teatro Mariinsky.
 Carismática, caiu no gosto do Maestro Marius Ivanovich Petipa, recebendo rapidamente posições de destaque entre as bailarinas: em 1902 era segunda solista, em 1905 "Prima Ballerina".
 No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé A Bela Adormecida pela primeira vez.
 Nessa época, o ideal da bailarina era ter corpo compacto e musculoso, para poder atender aos requisitos de técnica e performance nas danças, mas Anna Pavlova mudou esta visão.  Por sua figura feminina, graciosa e delicada e por seu modo personalíssimo de dançar (por exemplo o seu jeito especial de executar o "En Pointe"), começou a ganhar destaque nos balés em que atuava e a atrair vários fãs.
 No mesmo ano estreou em Paris com o Ballets Russes dançando com o grande bailarino Vaslav Nijinky. De 1908 a 1911, apresentou-se com essa companhia, dividindo o seu tempo profissional entre as turnês e as apresentações no teatro Mariinsky.
 Em 1913 passa a se apresentar por sua própria conta, empresariada por Victor d'Andre.
 Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, ela deixou a Rússia e se mudou para Londres, morando na casa que adquirira em 1912, denominada "Ivy House".
 Durante a guerra excursionou com frequência nos EUA e na América do Sul, tendo se apresentado em 1918 no Teatro da Paz em Belém do Pará.
 Dançou para reis, rainhas e imperadores de toda a Europa. Sarah Bernhardt e Isadora Duncan eram suas admiradoras.
 Na década de 1920 apresentou-se no Teatro Municipal de São Paulo e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
 Anna Pavlova, por meio de suas turnês ao redor do mundo tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas bailarinas, moças que após a verem dançar decidiram fazer o mesmo.
 Em 1924, casa-se com Victor d'Andre, seu empresário.
 No período de natal de 1930, Anna Pavlova tira três semanas de descanso de uma turnê que realizava pela Europa. Na volta ao trabalho, próximo de Haia, na Holanda, o trem em que estava foi obrigado a parar devido a um acidente ocorrido próximo à linha. Curiosa, desceu para ver o que havia acontecido vestindo um fino casaco sobre uma camisola de seda caminhando pela neve. Dias mais tarde, ela está com uma forte pneumonia. Após breve sofrimento, morre de pleuris no dia 23 de janeiro de 1931, no auge da fama e próxima de completar cinquenta anos. Segundo testemunhas, suas últimas palavras após pedir para que lhe preparassem o seu traje de "A Morte do Cisne" foi: "Execute o último compasso bem suave".
Base: Wikipédia

Introdução

 Por amor ao Ballet, estou decidida desde já a assumir a responsabilidade de postar no Blog tudo sobre esta arte. Biografias, dicas, escolas, companhias, passos, sapatilhas entre outras muitas coisas.
 O porquê deste nome muitas entre nós sabemos: De Fouettés na história de dança, trinta e dois são de Odile, a feiticeira de "O Lago dos Cisnes". Este número é um escândalo para a dificuldade de uma pirueta destas, e ainda por cima, o último impulso é a causa de dois giros, antes de longos aplausos.
 Esta postagem é a primeira de muitas, e que desde agora seja dito: A alma do artista é seu verdadeiro dom e sub múltiplos aspectos, é ela que o fará superar limites.