Como a primeira biografia, hoje falarei da lendária Anna Matveievna Pavlova, quem revolucionou a dança, sendo uma bailarina russa, que nasceu São Petersburgo, dia 31 de janeiro (segundo o calendário juliano) ou 12 de fevereiro (pelo calendário gregoriano) de 1881. Nascida de mãe solteira, de uma família camponesa pobre, não gostava de falar de seu pai, afirmando que ele morreu quando tinha dois anos de idade. Aos oito anos, como presente de aniversário, sua mãe a levou para assistir ao espetáculo de balé "A Bela Adormecida" no teatro Mariinsky. Emocionada com a apresentação, decidiu a partir de aquele dia dedicar-se à dança.
Tentou então entrar na Escola Imperial de Balé de São Petersburgo, mas foi rejeitada devido a sua pouca idade e baixa estatura. Em 1891, aos dez anos, conseguiu ingressar na academia. Desde cedo, revelou um grande talento para a dança clássica.
Em sua formação, teve aulas com os mais famosos professores da época: Pavel Gerdt, Christian Johansson, Ekaterina Vazem, Nikolai Legat.
Graduou-se em 1899 aos dezoito anos de idade. Em seguida, ingressou no corpo de balé "Balé Imperial Russo" de São Petersburgo. Seu palco nesta época era o teatro Mariinsky.
Carismática, caiu no gosto do Maestro Marius Ivanovich Petipa, recebendo rapidamente posições de destaque entre as bailarinas: em 1902 era segunda solista, em 1905 "Prima Ballerina".
No dia 6 de janeiro de 1908, realiza o seu sonho de infância e dança no teatro Mariinsky, no papel de Princesa Aurora, o balé A Bela Adormecida pela primeira vez.
Nessa época, o ideal da bailarina era ter corpo compacto e musculoso, para poder atender aos requisitos de técnica e performance nas danças, mas Anna Pavlova mudou esta visão. Por sua figura feminina, graciosa e delicada e por seu modo personalíssimo de dançar (por exemplo o seu jeito especial de executar o "En Pointe"), começou a ganhar destaque nos balés em que atuava e a atrair vários fãs.
No mesmo ano estreou em Paris com o Ballets Russes dançando com o grande bailarino Vaslav Nijinky. De 1908 a 1911, apresentou-se com essa companhia, dividindo o seu tempo profissional entre as turnês e as apresentações no teatro Mariinsky.
Em 1913 passa a se apresentar por sua própria conta, empresariada por Victor d'Andre.
Em 1914, no início da Primeira Guerra Mundial, ela deixou a Rússia e se mudou para Londres, morando na casa que adquirira em 1912, denominada "Ivy House".
Durante a guerra excursionou com frequência nos EUA e na América do Sul, tendo se apresentado em 1918 no Teatro da Paz em Belém do Pará.
Dançou para reis, rainhas e imperadores de toda a Europa. Sarah Bernhardt e Isadora Duncan eram suas admiradoras.
Na década de 1920 apresentou-se no Teatro Municipal de São Paulo e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Anna Pavlova, por meio de suas turnês ao redor do mundo tornou o balé popular por onde passava, sendo responsável por inúmeras novas bailarinas, moças que após a verem dançar decidiram fazer o mesmo.
Em 1924, casa-se com Victor d'Andre, seu empresário.
No período de natal de 1930, Anna Pavlova tira três semanas de descanso de uma turnê que realizava pela Europa. Na volta ao trabalho, próximo de Haia, na Holanda, o trem em que estava foi obrigado a parar devido a um acidente ocorrido próximo à linha. Curiosa, desceu para ver o que havia acontecido vestindo um fino casaco sobre uma camisola de seda caminhando pela neve. Dias mais tarde, ela está com uma forte pneumonia. Após breve sofrimento, morre de pleuris no dia 23 de janeiro de 1931, no auge da fama e próxima de completar cinquenta anos. Segundo testemunhas, suas últimas palavras após pedir para que lhe preparassem o seu traje de "A Morte do Cisne" foi: "Execute o último compasso bem suave".