Considerado um bailarino lendário, nascido dia 28 de
dezembro de 1889 em Kiev, na Ucrânia, Nijinsky viveu a dança desde muito cedo,
pois era filho de bailarinos poloneses, sendo eles Thomas Nijinsky e Eleonora
Bereda, que se apresentavam em teatros e circos. Dançando nas apresentações de
seus pais, atuou desde os quatro anos de idade.

Após o pai ter abandonado a família, mudou-se com sua mãe
para São Petersburgo, na Rússia. Com dez anos de idade, iniciou seus
estudos de dança na Escola Imperial de Ballet de São Petersburgo. Aos dezoito
anos foi o par da bailarina Anna Pavlova. No ano seguinte, em 1909,
viajou para Paris com a
companhia de ballet de Sergei Diaghilev, na qual obteve reconhecimento
internacional.
Para os críticos, em Nijinsky existia uma técnica
extraordinária. Por isso, foi chamado por muitos de “Deus da dança”, “A
oitava maravilha do mundo” e “Vestris do Norte”. Nijinsky
revolucionou o balé no início do século XX, conciliando sua técnica com um poder
de sedução da platéia. Seus saltos desafiavam a lei da gravidade.
Com coreografias de Fokine, dançou Silfides, Petrushka, Sherazade, Espectro
da Rosa entre outros. Como coreógrafo, Nijinsky era considerado ousado e
original, tendo ele dado início à dança moderna. Uma de suas coreografias mais
polêmicas foi L'Aprés-Midi d'un Faune, com música de Debussy, vaiada em sua
estréia, em 1912.
Outras muito conhecidas foram A Sagração da
Primavera e Till
Eulenspiegel.

O relacionamento com Diaghilev ficou bastante abalado
quando Nijinsky se apaixonou pela bailarina Romola de
Pulszkie. Com ela se casou em 1913,
em Buenos Aires. Por uns tempos, foi afastado do
grupo, voltando a fazer parte dele em 1916,
nos Estados Unidos.
Em 1919,
aos 29 anos, acometido por distúrbio mental, abandonou os palcos. A
esquizofrenia do bailarino caracterizava-se, sobre tudo, pela desordem de
pensamento. Seu impressionante diário, escrito nesta
época, foi publicado por Romola em 1936.
Entretanto, nessa versão, sua esposa eliminou um terço dos textos originais.
Nijinsky passou por inúmeras clínicas psiquiátricas até
completar os 60 anos. Morreu em uma delas em Londres, em 8 de abril de 1950.
Somente em 1995 uma
edição de seu diário completo foi publicada na França, pela editora Actes
Sud, graças ao consentimento da filha de Nijinsky, Tâmara, irmã mais nova de
Kyra.
Base: Wikipédia
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