domingo, 10 de junho de 2012

As Posições dos Braços

  Sim, as posições. Todas nós carecas de saber, mas é claro que na hora que o fondu ou rond de jambe en l'air começam a pesar, o braço cai, então, de bailarina, você passa a carregar uma bandeja imaginária, como uma garçonete.
 Talvez também orientando melhor as mocinhas que acabaram de entrar no mundo do Ballet, hoje publico sobre as posições dos braços:

Royal Academy of Dancing:


Base: À qualquer circunstância, no Ballet, em toda as posições e passagens, até mesmo em arabesques, os cotovelos estão arredondados, nunca esticados. Ombros sempre relaxados e mãos alongadas, não caídas, com leves curvaturas, na reta dos braços.

Preparatória (bras bas): Cotovelos separados do corpo nas axilas, mãos quase tocando as coxas e braços separados.










Demi seconde: Braços ao lado do corpo, entre a segunda e o bras bas.


Allongé: Demi seconde, com menos curvatura nas mãos e menor flexão nos cotovelos.

Primeira: Mesmos princípios do bras bas, porém um pouco mais alto, na direção do umbigo.

Segunda: Os braços estão abertos e na frente do corpo. Os ombros são o ponto mais alto, logo em seguida os cotovelos e depois as mãos (que estão viradas para frente).

Terceira: Mesmos princípios da primeira e da segunda (cada braço em uma delas). Pode ser feita para a direita e para a esquerda.

Quarta: Mesmos princípios da segunda e da quinta posição. Também pode variar de lado.

Quarta Cruzada: Mesmos princípios da primeira e da quinta posição. Pode ser feita para direita e para esquerda.

Quinta: Os braços estão na frente da cabeça, de modos que possam ser vistos pela bailarina com apenas o levantar dos olhos. Mãos viradas para baixo e cotovelos apontando para os lados.








Escola Francesa:

Todas as posições correspondem as do método da Royal Academy of Dancing, com apenas as seguintes exceções:

Quarta Posição
Terceira Posição

Método Vaganova (Russo):

Bras bas
Primeira Posição
Segunda Posição
Terceira Posição

Método Cecchetti (Italiano):

1ª posição: os braços estão como em um bras bas, porém ao lado das pernas, com a ponta dos dedos tocando as coxas.

2ª posição: corresponde ao método da RAD (Royal Academy of Dancing).

3ª posição: um braço permanece em bras bas enquanto o outro está em demi seconde.

4ª posição en avant: corresponde à terceira posição da RAD.

4ª posição en haut: corresponde à quarta posição da RAD.

5ª posição en bas: é o bras bas da RAD.

5ª posição en avant: mesma coisa da primeira posição da RAD.

5ª posição en haut: quinta posição da RAD.

Imagens: Plano B
Base: Livro Ballet Essencial, p.41, 42 e 97 a 101; Plano B

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Margot Fonteyn


  Margot Fonteyn de Arias (Margaret Hookham) nasceu dia 18 de maio de 1919, na Inglaterra, filha de um pai inglês e de uma mãe irlandesa descendente de brasileiros. No começo de sua carreira, Margaret transformou Fontes em Fonteyn e Margaret em Margot.



  Em 1931, Margot Fonteyn entrou para a escola de balé Sadler's Wells. Entrou no Royal Ballet onde Ninette de Valois e seu coreógrafo, Frederick Ashton, investiram em suas qualidades excepcionais: lírica, dramática, musical e proporções físicas perfeitas. Em 1935, Fonteyn tornou-se a Prima-Ballerina, com apenas dezesseis anos, dançando com Robert Helpmann. Em A bela adormecida, Margot interpretou a Princesa Aurora, conduzindo o futuro do Royal Ballet a um período de glória em sua nova sede, no Convent Garden (1946), e à sua primeira e famosíssima temporada em Nova Iorque (1949).
  Sua maior contribuição artística deu-se ao lado de Ashton, pois era sua musa inspiradora e uma intérprete ideal a inúmeras criações do coreógrafo, entre as quais se destaca Ondine, de 1958. Fez sucesso na primeira visita do Royal Ballet à Rússia, em 1961, tendo como parceiro Michael Somes. 
  Logo depois, Margot Fonteyn começou a dançar com o bailarino soviético exilado Rudolf Nureyev, vinte anos mais jovem do que ela. Fonteyn e Nureyev ficaram parceiros até Margot se aposentar em 1979.
  Em 1955, casou-se com Roberto Arias, filho de um ex-presidente panamenho. Arias ficou paralítico após ser baleado, em 1964, por um antigo colega de partido que o suspeitava de ter um caso com a sua mulher. Depois que se afastou do palco, ela dedicou-se ao marido até a morte dele, em 1989, vivendo em sua fazenda no Panamá.
  Antes de morrer, Margot Fonteyn foi homenageada, junto com Nureyev, como a grande dama do ballet do século XX.



  Com um câncer, Margot morre em um hospital na Cidade no Panamá, dia 21 de fevereiro de 1991.
  “A dança sempre foi, para mim, sob múltiplos aspectos, mágica, tanto para aqueles que se deleitam, vendo-a, quanto para os que vivem e trabalham nesse mundo especial.”
Margot Fonteyn, para o prefácio do livro “Curso de Balé”.


Base: Wikipédia.